domingo, 19 de dezembro de 2004


Prémio EDP 2004, Artes Plásticas - Álvaro Lapa

'... carácter de «últimas» vontades, de última-vontade, de vontade extrema, tensa, sobreavisada, que tornam as obras para o futuro (=doravante). A obra como sinal premonitório, a imaginação como actividade receptiva (seu carácter dominante), captadora do sinal-mensagem «que vem do futuro»: uma gigantesca central-receptora, a imaginação da «arte moderna». Trata-se de preservar o essencial - donde as minha «legendas proféticas», as minhas «caixas-relicário-pessoal», as minhas «alegorias», os meus «cânones», os meus «dogmas», os meus «abrigos», os meus «auto-auto-retratos», os meus «estímulos», os meus «flagrantes eróticos» ...'

[Álvaro Lapa, in Raso como o Chão, Estampa, 1977]